Extensão ESEG foi realizado pelo Núcleo de Economia e Finanças e contou com mais de 60 participantes


Com mediação do professor doutor Fernando Umezu, coordenador do núcleo de pesquisa de Economia e Finanças, a Extensão ESEG teve como palestrante o economista sênior do Departamento Econômico do Banco Bradesco, Robson Rodrigues Pereira. No dia 26 de maio, o profissional fez uma análise do atual contexto econômico brasileiro.

Robson Pereira também é docente da ESEG nos cursos de Administração, Direito, Engenharia de Produção e Economia e começou apresentando as perspectivas para o cenário global e doméstico. Com relação ao mundo, há uma visão de retomada da atividade econômica, a despeito dos riscos de curto prazo, relacionados ao avanço da pandemia em várias regiões.


“Espera-se que o crescimento do PIB mundial em 2021 seja o maior dos últimos 40 anos, o que tende a ser favorecido por avanços na imunização, manutenção de estímulos monetários e fiscais e por um processo de recomposição de estoques industriais. Os riscos a esse cenários estão relacionados, além da evolução da pandemia, a pressões inflacionárias que têm emergido em várias partes do mundo, inclusive nos preços de ativos, como o de imóveis nos EUA. Esse quadro deriva de uma combinação de restrições de oferta com avanço na demanda, em um ambiente de liquidez internacional abundante, o que pode ser visto com a forte expansão de moeda”, explicou o economista.

Já para o Brasil, o professor Robson trouxe uma visão segundo a qual a segunda onda da pandemia no país gerou impactos menores do que os previstos na economia, apesar da lamentável perda de vidas que tem ocorrido. A projeção de expansão do PIB deste ano, de 3,3%, tem um viés altista, na direção de4,0% ou pouco mais.

“Os riscos, nesse caso, estão relacionados também à pandemia (uma possível terceira onda) e a restrições do lado da oferta, com várias empresas apontando limitações à produção por conta da falta de insumos”, comentou o professor. “A inflação tem apresentado aceleração, o que justifica a atuação do Banco Central, que iniciou um processo de alta da taxa básica de juros, a Selic. Esse processo de alto dos juros tende a ser menor quanto mais rápido for o encaminhamento de uma solução para os riscos fiscais no País”.

Os participantes, ao final, puderam fazer perguntas ao professor Robson Pereira para tirar dúvidas. O resultado foi uma troca rica de informações.