Em sua nona edição, o curso de Empreendedorismo & Finanças já teve a participação de mais de 700 jovens do Ensino Médio


Com edições desde 2013, o curso de Empreendedorismo & Finanças é uma atividade extracurricular do Colégio Etapa ministrado aos alunos da 2ª Série do Ensino Médio das unidades de São Paulo e Valinhos. O curso tem duração de 30 semanas e é organizado pelo professor da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa, Pablo Ganassim - especialista em Gestão Empresarial. Os professores Carlos Coelho e Douglas Giglioti, da ESEG, também coordenam o curso.

“Levamos o nível de expertise da graduação já para os alunos do Ensino Médio por meio desse curso. A estrutura é escorada pelo Núcleo de Empreendedorismo e pelo Núcleo de Economia e Finanças da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa”, explica o professor Pablo Ganassim. “No final do curso cada grupo precisa desenvolver um projeto de uma startup e passam por quatro fases eliminatórias e, a partir da fase 2, convidamos profissionais e empreendedores que os avaliam e compartilham suas experiências”.


O curso é dividido em duas partes, uma com foco em Empreendedorismo e outra na área de Finanças, e cada uma é dividida em dois momentos. No Empreendedorismo são trabalhadas as soft - comunicação, liderança, trabalho em equipe e negociação - e as hard skills - com metodologias para que os alunos desenvolvam um negócio. Já em Finanças, os cursantes aprendem sobre finanças pessoais, conceitos básicos de economia, investimentos e como criar um plano financeiro dentro do plano de negócios de uma startup.

“Todo esse conhecimento teórico resulta no challenge, que é a formação de uma startup. É uma experiência para colocar em prática tudo o que aprenderam. Na fase 1 eles se apresentam para os alunos finalistas do ano anterior. Na fase 2 eles enfrentam uma banca de profissionais do mercado, esse ano trouxemos pessoal do Facebook, Google, entre outras empresas para avaliarem os alunos. Na fase 3 a gente traz CEOs de startups de todo o Brasil. Na fase 4 é o momento do voto popular, quem assiste é que define o grupo destaque de 2021, com votos do público-geral e de uma banca, chamada de megainvestidores”, comenta o professor Carlos Coelho.

Esse ano, a fase final aconteceu no dia 8 de dezembro no ESEG Startup Summit, com os grupos da Acetech, aplicativo para pessoas com deficiência identificarem locais acessíveis; Non-Aggressive Plastics (NAP), com produção de plástico 100% biodegradável em quatro meses - as duas de São Paulo -; e Sun Light For All - de Valinhos -, com serviço de aluguel de placas solares fotovoltaicas. A apresentação foi de forma presencial no Salão Leonardo da Vinci da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa e com transmissão para que o público pudesse votar de forma remota.


“Os maiores aprendizados que levo do curso é a organização e a otimização de tempo, porque tínhamos apenas uma semana para se organizar de uma fase para a outra, melhorar nosso projeto”, comenta Julia Fogolin, da Acetech. “Esse curso mudou bastante minha visão de mundo, me ajudou em muita coisa, tanto para questão de mercado de trabalho como para trabalho em grupo, foi uma experiência super válida”.

“Eu gostei da minha habilidade de comunicação em grupo, que foi muito desenvolvida. Passar por essa experiência foi muito legal”, diz Íris Melero, da Acetech. “O curso me ajudou a perceber que não quero ir para Economia, mas foi uma experiência que agregou muito até pelos profissionais que conheci e pelo conteúdo, porque é importante aprendermos a mexer com ações e planejamento financeiro. É um curso que agrega muito.

“O que mais aprendi com o curso, sendo bem breve, foi o trabalho em equipe”, afirma Henrique Guth, da Sun Light For All.

“Apesar de querer ir para Medicina, acredito que posso aproveitar o que aprendi no curso dentro da área, como gestão hospitalar ou criar meu consultório. Pretendo fazer Medicina e fazer cursos complementares em Gestão porque acredito que abre muitas portas, é importante conhecer várias áreas para lá na frente decidir o que quero”, afirma Fernanda Carvalho, da Sun Light For All.

“Na fase final tratamos o público como investidores e a banca como megainvestidores dessas startups, que investem os ESEG Moneys por meio de três modelos de investimento: $4000, $2000 e $1000 ESEG Money. Cada investidor precisa direcionar um valor para cada startup durante seu investimento”, explana Douglas Giglioti.

A banca deste ano foi composta por: Dimas Ferreira, engenheiro eletricista e diretor do Sistema Etapa; José Guilherme de Campos, administrador e professor do curso de Administração da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa; Fernando Umezu, engenheiro eletricista, economista e coordenador do curso de Ciências Econômicas da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa; e Marcel Dallaqua, engenheiro de produção e coordenador do Núcleo de Inteligência Artificial e Robótica da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa.

“O que chamou atenção é que cada startup finalista ilustra um pilar de sustentabilidade, o ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança): fábrica preocupada com o pilar ambiental; um aplicativo voltado para o social; e um serviço para negócio econômico. Além de termos projetos diversos, o que mostra a diversidade do empreendedorismo”, comenta Marcel Dallaqua.

Ao todo, foram mais de 1500 investidores com investimentos total acima de 10 milhões de ESEG Money. O terceiro lugar recebeu 31% dos investimentos, o segundo 32% e a startup destaque, NAP, ficou com 37%.


“Utilizar o laboratório do Colégio para desenvolver nosso projeto foi muito bom”, expõe Eric Toshiki, da NAP.

“Você entra com uma noção básica, chega na primeira aula e o professor já fala o quanto vamos ter que pesquisar e, de início, não entendemos o porquê daquilo. Depois de três semanas, três aulas, a gente entende e no final do curso conseguimos ver uma notícia e entender, ou assistimos uma propaganda e entendemos a técnica que está sendo usada. É transformador”, Davi Braga, da NAP.

“Com esse projeto eu desenvolvi muito meu senso crítico, no sentido de ver o preço, ver um produto e pensar em quanto tempo consegue o lucro com esse tipo de projeto. Estimulou mais o meu lado empreendedora, porque é muito legal você ter uma ideia e executar aquilo que você gosta e saber que aquilo pode dar certo”, relata Lívia Corregio, da NAP. “Eu acho que seria legal ser empreendedora para fazer algo que eu goste e não ter alguém mandando em mim, e mesmo que eu não siga, também vou usar as habilidades de lideranças que aprendi no curso”.

Alunos que compõem as startups:

Acetech: Arthur Seiichi Kikuchi Santiago, Íris de Campos Melero, Isabella Torres Sanches, Julia Pagan Fogolin, Lucas Shu e Rafaela de Oliveira Alexandre.

Non-Aggressive Plastics (NAP): Augusto Parizi Martins, Davi Braga Pires, Eric Toshiki Miyamoto Satô, Hao Chen, Livia Corregio, Nicole Mokotaka Ide e Vitor Nobuo Wakamatsu.

Sun Light For All: Fernanda Carvalho Almeida, Henrique Penteado Guth, Larissa Pacini Bastos, Renato Niero Guerreiro e Tomas Leal Oliveira.