No dia 06 de dezembro, os alunos dos cursos de Economia e Administração da Faculdade ESEG, do Grupo Etapa, apresentaram ao público seis jogos educativos sobre educação financeira, desenvolvidos por eles ao longo do semestre.
A atividade reuniu familiares, amigos e convidados, que tiveram a oportunidade de testar os jogos, avaliar suas funcionalidades e vivenciar, na prática, lições importantes sobre organização financeira, tomada de decisão e planejamento. A proposta da ação foi criar experiências interativas capazes de aproximar conceitos financeiros do cotidiano das pessoas.
A diversidade dos temas e formatos chamou atenção. Embora cada equipe tenha seguido caminhos criativos distintos, todos os jogos foram pensados para transmitir conhecimentos fundamentais de maneira leve, acessível e engajadora.
Os alunos criaram os tabuleiros, definiram as regras e alguns elementos visuais, como peças e gravações em madeira, foram produzidos nos próprios laboratórios da ESEG.
Segundo o professor Maurício Nakahodo, responsável pela disciplina Projeto Integrador I, a atividade utilizou metodologias ativas, colocando os alunos como protagonistas no processo de criação. “Ao criar os jogos de tabuleiro, os alunos precisavam relacionar a dinâmica com os conceitos de educação financeira, seja os que aprenderam em sala de aula ou conhecimentos que já tinham. Às vezes, através da diversão, a gente aprende mais do que em uma aula formal”, explicou o docente.
O professor ainda destacou que os jogos auxiliaram os convidados a refletirem sobre escolhas financeiras do dia a dia, ao simular ganhos e perdas nas narrativas. “Na economia comportamental, as decisões são emocionais. No jogo, você vivencia isso, pode errar e aprender com os erros, inclusive testar estratégias diferentes. Assim, a pessoa entende as consequências sem precisar passar pelo endividamento ou frustração na vida real. O jogo te permite antecipar situações e se prevenir”, observou.
Os jogos foram inspirados em situações reais do cotidiano de jovens e famílias, como construção de reserva de emergência, riscos de investimento, imprevistos, planejamento de carreira e metas pessoais.
Entre as propostas, houve desde aventuras que levam os jogadores a uma jornada espacial rumo ao “Planeta da Riqueza” até jogos mais realistas, focados em metas como intercâmbio, compra de carro ou aquisição de um apartamento.
O estudante do curso de Economia, Marcos Cruz, declarou ter escolhido o tema espacial devido a questão de economizar recursos durante uma jornada. “Para viajar é necessário ter recursos e saber como e quando usá-los. Onde investir mais e onde investir menos. Ao criar o jogo, a gente aprendeu muito mais sobre a nossa disciplina”, afirmou.
Já o aluno de Administração, Bruno Tonini, integrante do grupo que criou o jogo Reserva de Capitais, explicou que a equipe chegou a desenvolver um aplicativo próprio para controlar cálculos e o saldo dos jogadores. “Cada rodada impacta a renda do participante, seja para acrescentar ou debitar. Para ter esse controle, criamos um aplicativo em um programa, em que ele fazia todo o cálculo”, contou.
Para os alunos, além de ensinar conceitos aos participantes, o projeto também ampliou a compreensão prática de temas como taxas, cálculos financeiros e comportamento econômico.
Cada mesa recebeu um QR Code para que os participantes avaliassem a experiência de jogo e o aprendizado proporcionado pelas dinâmicas criadas pelos estudantes.
Além da nota do professor e do público, para que houvesse uma análise mais técnica sobre os jogos, uma empresa especializada em desenvolvimento de jogos, a Devir Brasil, foi chamada para avaliar os games no aspectos de jogabilidade, clareza das regras e capacidade de ensinar conceitos financeiros de forma simples, prática e envolvente.
Entre os convidados, Juliano Bomfim, esposo da estudante de Economia, Patrícia Bonfim, testou quatro jogos diferentes e elogiou o empenho dos alunos: “Deu para perceber o quanto os alunos se dedicaram. As dinâmicas eram muito diferentes entre si, mas todas tinham regras educativas e faziam sentido dentro da proposta de educação financeira. Foi bem divertido”.
O encontro marcou a conclusão de um ciclo de estudo, pesquisa e criação coletiva. Para os alunos, foi a oportunidade de transformar teoria em prática; para os visitantes, uma experiência leve, divertida e enriquecedora sobre educação financeira.