Na noite de 24 de novembro, a Faculdade ESEG recebeu a palestra “Rigidez orçamentária e perspectivas para além de 2027”, ministrada por Alexandre Augusto Seijas de Andrade, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado Federal responsável por produzir análises, projeções e estudos sobre as contas públicas do país.
O encontro foi organizado pelo professor Robson Pereira, em conjunto com outros docentes da Faculdade ESEG, como os professores Francisco Carlos (Economia) e Edison Feghali (Administração).
Ao iniciar a apresentação, Alexandre destacou que a palestra tinha o intuito de tornar a economia um assunto mais agradável e acessível, além de apresentar cenários reais e compartilhar experiências profissionais com os alunos.
Para isso, ele trouxe temas essenciais para compreender o cenário atual das contas públicas, como:
- Responsabilidade fiscal e seus desafios;
- Teto de gastos, sua trajetória e as mudanças ao longo dos últimos anos;
- Transição fiscal e os ajustes pós-pandemia;
- Arcabouço fiscal, que estabelece limites e regras de crescimento do gasto público;
- Impacto do salário mínimo nas despesas obrigatórias, como aposentadorias, seguro-desemprego e abono salarial;
- Pressões sobre o orçamento após a pandemia, com ampliações de gastos e alterações nas regras;
- Incongruências na gestão fiscal, especialmente com as mudanças nas metas, exceções e deduções previstas na legislação.
“Compreender esses cenários ajuda estudantes e futuros profissionais a visualizar o impacto real das decisões de governo sobre o arcabouço fiscal.”, destacou Alexandre.
Durante a palestra, os alunos aprenderam que para realizar projeções fiscais, é necessário trabalhar sempre com três cenários: o cenário base, um cenário otimista e outro pessimista, metodologia usada para construir estimativas mais precisas e orientar análises técnicas.
Ao apresentar previsões de diferentes cenários econômicos, o palestrante mostrou como as decisões governamentais influenciam diretamente o futuro fiscal do país. Alexandre ainda resumiu o tema com a seguinte frase: “Na política aprova-se o que é possível, não o que é ideal.”
O estudante Alberto Lúcio Barbosa Jr, do 8º semestre de Economia e em sua segunda graduação, ressaltou a importância da temática: “Questões fiscais são complexas e estão sempre na pauta do Brasil. Eu, pessoalmente, fiquei muito interessado com as discussões jurídicas e com a forma como economia, direito e política se conectam. A ESEG proporcionar isso para a gente foi muito interessante.”, disse o estudante.
O evento reforça o compromisso da ESEG em aproximar teoria e prática por meio de debates com profissionais de referência no cenário econômico nacional.